Registros do território e das memórias quilombolas retornam na Cartografia Social do Quipea
Entre setembro e novembro de 2022, foi retomada a Cartografia Social do Quipea, que por conta da pandemia, havia sido interrompida. As comunidades quilombolas de Batatal, Graúna, Conceição do Imbé, Barrinha, Sobara, Preto Forro e Santa Luzia receberam a equipe da cartografia, formada por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF), e a equipe executora do projeto para a realização das oficinas e dos campos de mapeamento.
Com o retorno das oficinas da Cartografia Social, realizadas presencialmente, foi reiniciado o processo de resgate histórico das comunidades, com a identificação de pontos importantes dos territórios quilombolas e registro em desenhos (croquis), entre os quais estão as sedes das associações, casas de farinha, igrejas e áreas de plantio.
No campo de mapeamento, os pontos importantes identificados pelas comunidades foram visitados e marcados com GPS. Nesse momento, também ocorreram as entrevistas com os griôs, os mais velhos das comunidades, que contaram as histórias que lhe foram transmitidas pelos antepassados. Histórias dos modos de vida e dos saberes locais que ficarão registrados para as próximas gerações.
As atividades de cartografia social nas sete comunidades quilombolas tiveram a presença de cerca de 400 participantes. Crianças, jovens e adultos trocaram conhecimento e histórias sobre a utilização dos territórios, como forma de recuperar a memória coletiva desse espaço comum.
Faz parte do processo de construção da Cartografia Social do Quipea a produção de fascículos impressos, contendo os depoimentos dos comunitários sobre seus territórios, fotos e o mapa construído coletivamente.
Para conhecer os fascículos das outras 14 comunidades quilombolas, realizados na Fase 3 do Quipea, acesse aqui: www.quipea.com.br/cartografiasocial
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