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II Encontro Regional revela a força e desenvolvimento do QUIPEA


O primeiro final de semana de junho foi inesquecível para as 20 comunidades que compõem o QUIPEA e toda equipe envolvida nesta iniciativa. Foram os dias do Segundo Encontro Quilombola, que reuniu em Búzios mais de 140 representantes das comunidades para debater os avanços no trabalho realizado de 2010 até aqui e discutir os próximos passos do projeto. O evento teve participação de funcionários do IBAMA, da Shell, da Fundação Cultural Palmares e de diversas outras representatividades da sociedade civil e esferas públicas. O Encontro deixou claro o aumento do poder de decisão dos quilombolas sobre seu próprio território e maior articulação das comunidades em várias das áreas trabalhadas.

Não existia jeito melhor para começar o fim de semana de trabalho do que respeitando a tradição e cultura de nossos ancestrais. O ritmo do jongo - cantado pelo mestre de cerimônias Leonardo dos Santos - anunciava o início do Segundo Encontro Quilombola. Depois de um importante processo de reuniões preparatórias, os seis eixos temáticos do QUIPEA puderam ser discutidos num fim de semana de palestras, demandas e também de confraternização.

Em auditório cheio, a exposição em vídeo sobre a Árvore da Memória apresentava tudo que havia sido feito no QUIPEA até aqui. Enquanto isso, os seis eixos temáticos, preparados durante meses num importante processo de reuniões, eram finalmente discutidos com representantes dos quilombos em posição de liderança. As demandas para terceira fase eram debatidas entre cada participante do projeto num levantamento de prioridades que vão construir o próximo plano de trabalho para a Terceira Fase. Se há cinco anos atrás muitos dos Quilombolas não tinham tanta dimensão de sua própria história e representatividade, naqueles dois dias de junho, mais de 100 debatiam seu futuro com muita autonomia e liberdade.

As comunidades

De acordo com depoimentos dos próprios representantes das comunidades, neste momento atual do projeto, a linguagem de todos os quilombos caminha mais alinhada. Para o Presidente da Associação Quilombola de Maria Romana, Lamiel Barreto, ''o maior avanço é que todas as comunidades agora sabem exatamente o que querem”, e este entendimento, na visão dele, é fundamental para que a Terceira Fase do projeto se inicie de forma rígida e organizada.

Este orgulho de fazer parte de quilombo e a vontade coletiva de integrar mais ainda o QUIPEA foi notório durante o Segundo Encontro notório para diferentes representantes das comunidades com funções variadas no projeto e que ali se reuníram:

- Fico feliz por ser remanescente de quilombo, fazer parte desta história e parte do projeto. Foi uma troca muito grande poder mostrar para meu povo tudo que a gente já conseguiu junto com eles construir. É uma energia muito grande e nos declaramos: somos quilombolas e estamos fazendo algo coletivo para o bem de todas as comunidades - completou Rejane Maria de Oliveira, coordenadora de Campo e representante da comunidade quilombola de Maria Joaquina, em Cabo Frio.

No Encontro, a equipe executora, a Shell e as 20 comunidades reunidas puderam apresentar diretrizes do trabalho acompanhados da visita de representantes de Associações Quilombolas, IBAMA, INCRA, JACIBA, INEPAC(Instituto Estadual do Patrimônio Cultural), AQUILERJ(Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Estado do Rio de Janeiro) e outros orgãos. O analista ambiental do IBAMA, Anderson Vicente, ressaltou o sucesso do projeto e o êxito que os grandes avanços que as comunidades tem adquirido ao longo desta parceria com a Shell:

- É verdade que muitos nem sabiam o que era ser quilombola e hoje entendem o quão importante é preservar sua própria cultura. Nos demos conta que esta questão da territorialidade é fundamental para as comunidades.

Além da relevância entre comunidades, equipe executora e associações públicas e privadas, o Encontro pôde deixar claro o reconhecimento externo do projeto como referência na defesa dos direitos e autonomia dos quilombos nas regiões atendidas. Com repercussão em veículos de imprensa da Região dos Lagos, Norte fluminense e Espírito Santo, o Segundo Encontro Quilombola levou o nome das comunidades ao público externo e pôde ajudar a aproximar de alguma maneira milhares de pessoas a luta, defesa e conhecimento da causa quilombola, que se depender do QUIPEA, segue cada dia segue mais fortalecida.

Para a analista de Performance Social e Meio Ambiente da Shell Brasil, Suely Gaiga, a definição de como o QUIPEA vai agir na próxima fase é fundamental para o sucesso do projeto e conquista de autonomia das comunidades. Na visão dela, o Segundo Encontro e também as sete reuniões preparatórias foram fundamentais o desenvolvimento participativo do projeto.

O Gerente de Meio Ambiente da empresa, Anídio Correa, ressaltou que a missão do QUIPEA será sempre a de desenvolver comunidades tradicionais e vulneráveis em todos os lugares onde opera.

Nossa missão é prepará-las para que consigam participar ativamente da gestão ambiental do lugar onde vivem - concluiu Anídio.

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OPERADOR:

ÓRGÃO LICENCIADOR:

A realização do Quipea é uma medida mitigadora exigida pelo Licenciamento Ambiental Federal conduzido pelo IBAMA.

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