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Comissão Articuladora se reúne para aprovar Plano de Trabalho da Fase 3 do QUIPEA


No município que marca a divisa do Rio de Janeiro com o Espírito Santo, o final e semana dos dias 27 e 28 de fevereiro foi de união e trabalho para as comunidades do QUIPEA de ambos os estados. No início de preparação para a fase 3 do projeto, que começa em maio, a comissão articuladora se reuniu na pequena cidade de São Francisco de Itabapoana para discutir sobre os últimos acontecimentos do projeto e preparar metas, prazos e regimentos que vão nortear o calendário 2016. Com presença de representantes das comunidades , do IBAMA e da Shell , a reunião contou com todas as instâncias envolvidas no QUIPEA e pôde voltar a discutir os principais objetivos e necessidades que o projeto possui.

O belo cenário de praia de Guaxindiba foi palco da 10ª Reunião Ordinária da Comissão Articuladora do Quipea. Com presença dos analistas ambientais do Ibama, Gilberto Mendonça e Lilian Lima, o evento em São Francisco de Itabapoana marcou o reencontro dos comunitários em 2016 e pôde discutir sobre os últimos acontecimentos de sua agenda, como, por exemplo, o desfecho do último evento cultural. Com prestação de contas do Departamento Cultural e análise sobre erros e acertos, o QUIPEA encerrou o processo de organização de mais este desafio. Realizado no mês de dezembro nas comunidades de Cacimbinha e Boa Esperança, no Espírito Santo, o último evento da fase 2 do QUIPEA selou o final de um ciclo, mas também o início de outro, já que é uma das atividades que constam no Plano de

Trabalho da Fase 3 do projeto.

"Estamos aqui para garantir direitos, mas juntamente deles alguns deveres vão

surgir." (Gilberto Mendonça, Analista Ambiental do IBAMA)

Depois de três anos na fase 2, o QUIPEA vai avançar de fase novamente rumo a conquista da autonomia. O novo ciclo do projeto, que começa em maio, terá nova equipe executora e algumas novas metas, como, por exemplo, a preparação dos comunitários para elaboração de projetos socioculturais, e a realização de atividades educativas mais direcionadas a gestão ambiental.

Nessa reunião , os princípios e diretrizes da educação ambiental crítica, que norteiam todos os projetos em licenciamentos ambiental para empresas de petróleo, foi reforçado pelo analista ambiental do IBAMA, Gilberto Mendonça, em suas explicações aos comunitários. Segundo ele, nesta nova fase do QUIPEA, é fundamental que os quilombos, pouco a pouco, intensifiquem suas participações na fiscalização e engajamento das políticas do meio ambiente em cada um dos municípios pelos quais participam. Gilberto reiterou a importância do entendimento dos direitos e deveres ambientais por parte dos comunitários.

" Todo cidadão brasileiro tem direito de saber o que se passa aqui. É importante lembrar que este projeto está dentro de um processo de licenciamento e nosso foco sempre será a educação ambiental. Estamos aqui para garantir direitos, mas juntamente deles alguns deveres vão surgir. É muito importante que vocês estejam organizados como movimento, mas é um direito e um dever começarem, pouco a pouco, a fiscalizar e entender a relação das comunidades, das empresas e das pessoas com o meio ambiente", comentou Gilberto, que também reiterou a importância dos comunitários se aproximarem das discussões em outros PEAs que estejam presentes em seus respectivos municípios.


Esta relação dos comunitários com outros projetos de educação ambiental que aconteçam em regiões impactadas foi reforçada pela também analista ambiental do

IBAMA, Lilian Lima. Segundo ela, o próprio nome do projeto com o prefixo QUIPEA é

uma maneira de ressaltar que este é o PEA dos Quilombos, e que eles próprios devem levar este nome para além da relação entre empresa e equipe executora, além de estarem organizados para participarem ativamente de outras discussões sobre o meio ambiente em seus respectivos municípios. Nesta mesma linha, a coordenadora do projeto, Suely Ortega, citou diversos outros projetos de educação ambiental administrados por empresas de petróleo e fiscalizados pelo IBAMA que estão presentes em municípios onde as comunidades estão estabelecidas e lembrou que, a partir das articulações na terceira fase do projeto, esta participação deve se intensificar.

Visita e emoção em Deserto Feliz

Depois do extenso dia de reuniões no sábado, dia 27, os participantes da reunião visitaram a comunidade quilombola de Deserto Feliz, anfitriã no município de São Francisco de Itabapoana. As visitas aos quilombos são atividades previstas nas pautas das Reuniões da Comissão Articuladora, e fortalecem os laços e relações entre

comunitários.


Com um fim de tarde a base de muito jongo, dança, capoeira e culinária quilombola, os

comunitários puderam conhecer o quilombo irmão e foram recebidos pela griô dona Santinha, uma das homenageadas no último Evento Cultural de dezembro. Com o

quadro exposto com sua foto, que ganhou do QUIPEA ano passado, a griô relembrou o

dia do evento e reconheceu estar novamente emocionada com a visita do projeto ao local onde vive:


“Nunca vou esquecer o dia do evento e a homenagem que recebi. Estava muito emocionada aquele dia e agora novamente com a visita de todos vocês. É um privilégio e uma benção recebê-los em minha comunidade.”


A sensação de 'para nós também, dona Santinha! ' ecoou nas palavras e coração dos visitantes. É neste clima de intercâmbio, autoconhecimento e parceria que o QUIPEA vai encerrando sua segunda fase, cada vez mais unido.

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OPERADOR:

ÓRGÃO LICENCIADOR:

A realização do Quipea é uma medida mitigadora exigida pelo Licenciamento Ambiental Federal conduzido pelo IBAMA.

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